- Pai descobriu que filho de 13 anos era gay e pediu ajuda no fórum Reddit. O post acabou sendo viralizado
Um pai conquistou centenas de internautas no fórum Reddit na primeira
semana de novembro, ao descobrir que o filho de 13 anos era gay e
procurar ajuda online para demonstrar apoio à opção sexual do
adolescente. O caso aconteceu nos Estados Unidos.
Usando um pseudônimo, ele deixou a seguinte mensagem no fórum:
“Tenho 38 anos e sou um pai solteiro de um garoto de 13 anos, 14
daqui a quatro meses. Outro dia eu pedi o iPad dele emprestado e ele
deixou que eu o usasse. Depois da primeira busca que fiz no Google,
percebi que ele havia esquecido de apagar seu histórico, e várias das
buscas que ele realizava seguiam a linha “sou gay, o que faço agora?”. Eu
o amo não importa o gênero [da pessoa] que ele ame. Para falar a
verdade, quando eu era pouco mais velho que ele, tive alguns casos com
outros caras, o que meu filho não sabe. Então eu o apoio 100%. Ele me
parece um pouco deprimido nos últimos tempos, não tem se comportado de
maneira tão alegre quanto de costume, e eu quero desesperadamente contar
para ele que eu o amo, independentemente da sua sexualidade. Quais são
minhas opções? Devo esperar até que ele me conte? Devo tocar no assunto? Estou preocupado que, se eu não toque no assunto, ele continue se preocupando com isso sem necessidade. Obrigado”
Em pouco mais de duas semanas, a postagem foi comentada mais de 300
vezes. A maioria dos comentários foi positiva, como o mais curtido, que
sugeria que o pai usasse o próprio histórico de buscas ara demonstrar
seu apoio.
Uma semana depois, o usuário – que atende por “HeMeYou” – voltou ao
fórum para contar o que aconteceu depois dos conselhos dos internautas:
“Muitos sugeriram que eu deveria dar dicas de que eu não vejo
problema em ter um filho gay, mas deixar ele falar por conta própria as
palavras ‘eu sou gay’, o que eu achei uma ótima ideia.
Comecei a conversar com ele sobre as notícias em geral. Por
exemplo, falei o quanto incrível era o Tim Cook (CEO da Apple) se
declarar gay, e perguntei o que ele achava disso. Eu esperava que ele
desse uma resposta normal de adolescente, como “é… boa” ou algo assim,
mas, na verdade ele me respondeu com detalhes, o que eu achei excelente,
porque, pela primeira vez em muito tempo, tive uma conversa com meu
filho que foi realmente gratificante.
Eu também queria falar para ele que eu percebi que ele não tem se
comportado de forma tão alegre como de costume, então eu soltei todo
aquele clichê: “Eu te amo de qualquer jeito, eu só quero ver você
feliz”, mas, dessa vez, não consegui uma reação muito além de “é, eu
sei”.
No dia seguinte, quando eu fui buscar ele na escola, resolvi
perguntar sobre as paqueras dele, e fiz questão de não usar palavras que
indicassem gênero. Em vez de “ele” ou “ela”, usei termos genéricos.
Aqui vai o que eu lembro da conversa…
Eu: Então, você está afim de alguém?
Filho: Hum, não… Talvez.
Eu: Uaaaaau, quem é a pessoa de sorte?
Filho: É só alguém da minha aula de francês…
Eu: Certo… E o que você curte nessa pessoa?
Filho: Ah, coisas.
Eu: Ok, mas tipo o quê?
Filho: Sei lá, uns negócios legais.
Nesse momento, eu deixei a conversa morrer, mas antes eu disse a
ele: “Bem, seja quem for, essa pessoa vai ser muito sortuda de ter você
como namorado”. Tenho certeza que ele revirou os olhos por causa dos
meus comentários toscos.
Na mesa de jantar, mais tarde, no mesmo dia, houve alguns minutos
de silêncio, e meu filho finalmente disse: “Na verdade, eu queria te
contar uma coisa no carro, mas eu fiquei com medo de provocar um
acidente”.
Levantei os olhos do meu prato e olhei ele nos olhos. Eu podia
ver que ele estava pensando, e tudo o que passava na minha cabeça era:
“É agora!”. Então ele disse: “Pai…”. Passaram-se mais alguns segundos de
silêncio: “Eu sou gay”.
Eu olhei para ele e não consegui conter meu sorriso. Disse para
ele: “Você sabe que eu amo você muito, certo?”, me levantei e dei um
abraço apertado. Ele até começou a chorar no meu ombro e, por causa
disso, eu também não consegui conter algumas lágrimas.
Depois do jantar e depois que ele terminou o dever de casa, nós
dois nos deitamos no sofá de pijama, enquanto eu assistia a um programa
no Cooking Channel e ele jogava em seu iPad. Eu estava com um braço em
volta dele, e ele apoiou a cabeça em meu peito, e tudo que eu pensava
era que eu era o pai mais feliz do mundo naquele momento”.